Pratico Pilates há 3 anos, 2 vezes por semana. Tenho 56 anos, 3 filhas, e dos 20 aos 50 fui bancária, mãe, dona-de-casa, "governanta", etc. Resultado: abandono do corpo e danos articulares, musculares, posturais, e por aí vai. (Os psicológicos deixo pra lá! rsrs) Aposentada, descansar sem pressão de horários foi um prêmio, saboreado justamente. Até que passei a notar que já não era tão fácil sair do sofá sem apoio, sair do carro idem, virar o pescoço ao dar ré, pular de pouca altura sem vergar os joelhos, caminhar sem faltar ar, abaixar para pegar algo no chão, voltar à posição inicial e... ganhando peso, claro! (Nem mencionei pular de asa delta, escalada, trapézio e outros igualmente instigantes!)
Daí que, diante desses sinais alarmantes, conheci o Pilates. Saindo da aula experimental – leve - dei vexame: andar de volta ao carro, em plano inclinado, fazia parecer que o chão me traía. Rezei pra que ninguém estivesse olhando. Fiquei uns minutos no carro, numa tomada de consciência assustadora. Mas ali comecei vida nova. Deixei de regredir. Claro que passei dores, passo ainda, mas diz um amigo que, depois dos 50, se você acordar sem dor é porque morreu! É verdade. Bem, então, fiquei cativa do Pilates e, consequentemente, da Daniela Franco, que sempre disse a que veio. (Tá certo que às vezes tenho a impressão de que ela quer me preparar pra Londres 2012, tamanha a dedicação e o incentivo, mas prefiro assim: profissionalismo e honestidade andam em falta no mercado!).
Concluindo, sei que com meus pontos de artrose e quilos demais não voltarei a fazer Ginástica Rítmica, nem jogar vôlei, até porque meus pulsos se gastaram contando dinheiro (alheio, claro)! Mas, venho recuperando coisas mais importantes, como consciência corporal, postura, respiração, força, flexibilidade e a auto-estima consequente. Não emagreci nada, mas precisei apertar as cavas das minhas blusas. Tem gente que me encontra na rua e jura que perdi peso. Quase dá briga porque a pessoa fica duvidando! Aí eu explico que o Pilates recoloca a musculatura no lugar e corrige defeitos de postura, o que dá a impressão de que a gente “encolheu”.
Mas o melhor de tudo é perceber pequenos grandes ganhos em movimentos habituais, do dia-a-dia, antes dolorosos ou impraticáveis, como o simples levantar-se de uma cadeira sem se apoiar na mesa, entre outros que nem vou listar porque podem parecer banais, mas fazem a diferença entre passar o dia bem ou mal, entre ser independente ou precisar de ajuda! Porque a máquina humana apresenta desgaste, e este se apresenta perfilado com os cabelos brancos, os óculos de leitura, e outras coisinhas mais que ganhamos com o passar do tempo, infeliz... ou felizmente, já que só escapa disso quem morre cedo, né?
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